AS RUAS DE ESPOSENDE
I
Rua 19 de Agosto
HISTÓRIA DA RUA
Designações
1.ª RUA DO CAIS OU DA DOCA
2.ª RUA/AVENIDA 5 DE OUTUBRO
3.ª PRAÇA D. SEBASTIÃO
4.ª RUA 19 DE AGOSTO
Esta Rua tem início no Largo
Rodrigues Sampaio e termina na Rua Rodrigues de Faria.
“ No Cais, ao lotar-se o pescado; nos rezingar dos
lanços ou dividir os quinhões; ao lavar das redes; ao enxurro das embarcações –
os pescadores desfiam rosários de abjugatórias, felizmente não muito fáceis de
entender, devido ao modo do seu articular, apreendido e somente por eles
percebido entre o espadanar dos vagalhões, o assobio dos nortes rijos e o
soprar dos escaldantes suões. Ali também há o bate-língua feminino, esse numa
linguagem mais acessível e compreensível; existe nele, no entanto, certas
delicadezas; até o correr a vista se há circunstantes dignos de consideração!”.
Luís Viana – No Cais, 1885
Este arruamento nasce com os
sucessivos aterros que se fizeram quer na ribeira quer na doca de Esposende e
também devido aos vários alinhamentos que a Câmara permitiu que se realizassem,
por volta de 1900 nomeadamente dos quintais das casas que tinham frente para a
actual rua Conde de Castro. O alinhamento definido para a rua do Cais ou da Doca,
actual 19 de Agosto, ia, a direito, entre o Posto Fiscal que existia na parte
sul do Largo Rodrigues Sampaio e a casa de João Félix de Miranda Magalhães /
Rua Rodrigues de Faria, Os proprietários que requereram a ocupação de terrenos
na ribeira e aceitaram esse alinhamento foram, entre outros, D. Luísa Rita de
Faria Vivas, Eduardo Lino Leão de Vasconcelos, Ângela Viana de Lima, João de
Vilas Boas Rubim, Eduardo Vilas Boas, João Caetano da Fonseca Lima[1],
Alfredo Taborda[2], herdeiros de Manuel
Rodrigues Viana e João Feliz de Miranda Magalhães. No processo de Ângela Viana
de Lima, datado de 1905, vem referido que o seu terreno “… era constantemente banhado pelas marés vivas, na doca”.
Muitos deste terrenos já tinham
sido aforados pela Câmara Municipal como foi o caso do quintal de Manuel
Rodrigues Viana que o tinha feito em 22 de Dezembro de 1847. Nesse terreno
tinha sido autorizada a construção de um grande armazém de sal que pertencia a
Francisco Gomes da Silva.
O executivo Municipal, na sua
reunião de 13 de Março de 1915, com o parecer favorável do Senado, deliberou
proceder ao aterro da Avenida 5 de Outubro – antiga Rua da Doca, “… na parte que fica fronteira e faceja com o
Hospital de S. Manuel desta vila pelo lado poente “. Este aterro continuou,
depois, até à Capela de S. João.
Numa revisão toponímica levada a
efeito pelo Executivo Municipal em 26 de Abril de 1940, manteve-se o nome de Avenida 5 de Outubro e na proposta
dizia-se que “ era a antiga Rua do Cais
ou da Doca”.Na cartografia desta época este arruamento dava directamente
para a ribeira de Esposende.
Até 1993 esta rua fazia parte
integrante da então denominada Praça D.
Sebastião.
Dado ter-se realizado um plano de
requalificação da zona ribeirinha de Esposende, a Praça D. Sebastião ganhou um
novo figurino o que permitiu uma definição clara de um novo arruamento nas
traseiras do edifício do Tribunal.
Em 1993 a Comissão de Toponímia
de Esposende e por sugestão do jornal Farol de Esposende/Fórum de Esposende
propôs ao Executivo Municipal que “ … à
Rua que actualmente não tem designação e fica situada entre a Rua Rodrigues de
Faria e o Largo Rodrigues Sampaio, junto ao Turismo, se passasse a designar Rua Dezanove de Agosto”. Por
Despacho presidencial, datado de 22 de Fevereiro de 1995 foi aprovada esta nova
designação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário